Crescimento

Uma criança saudável tem um crescimento normal. O crescimento deficiente ou excessivo pode ocorrer em função de alterações hormonais, nutricionais ou genéticas.

 

No 1º ano de vida, a criança cresce cerca de 25 cm, no 2º ano de vida, a criança cresce cerca de 12 cm, no 3º ano de vida, a criança cresce cerca de 8 cm. Estes primeiros 3 anos de vida é quando a criança vai se assentar no seu canal familiar, correspondente ao seu padrão genético de altura. Portanto, conforme seu canal familiar seja mais alto ou mais baixo, a criança pode crescer mais ou menos neste período, sendo bem variável entre cada criança, e muito dependente do seu potencial genético.

 

Vai havendo redução gradual da velocidade de crescimento (VC) até atingir um patamar de 4-6 cm/ano (VC normal da fase pré puberal). No momento imediatamente antes do estirão puberal, pode haver uma desaceleração ainda maior da VC, levando a uma preocupação nos pais de que a criança não está crescendo adequadamente.

 

Muitos fatores contribuem para que uma pessoa tenha problemas de crescimento, desde a herança genética até alterações na produção hormonal. A média de crescimento de uma criança é de mais de 4 cm por ano. Na puberdade, porém, esse valor sobre para 12 cm ou 13 cm a cada ano. Quando o crescimento é menor que 4 cm, ou 6 cm na fase da puberdade, o ideal é que um especialista seja consultado. Quanto mais cedo os pais ou responsáveis descobrirem que a criança não está com a estatura média dos amiguinhos da mesma idade, será mais fácil para evitar problemas como o nanismo.

 

O nanismo é a doença que se caracteriza pela baixa estatura e pelo pouco desenvolvimento dos ossos e cartilagens. Ela se manifesta principalmente a partir dos 2 anos de idade, impedindo o crescimento e desenvolvimento saudável da pessoa durante a adolescência (período em que o crescimento sofre uma aceleração), produzindo adultos com estatura fora do padrão médio da população brasileira.

 

A deficiência de GH possui várias origens, mas a mais comum são os traumas durante o parto. No momento do nascimento, se o bebê está com a cabeça voltada para dentro, de modo a sair por último do útero, no momento em que o médico puxa, pode haver uma ruptura da haste hipofisária, uma estrutura que liga a hipófise (glândula que produz o GH). Nesses casos, pode haver deficiência de produção do hormônio do crescimento.

 

Toda população tem uma estatura média, que é considerada padrão. A preocupação com o crescimento deve surgir quando a pessoa está abaixo dessa média, o que é chamado de desvio padrão. Porém, deve-se verificar se essa baixa estatura não é apenas de origem genética (os pais podem ser baixos).

 

A pessoa cresce, em geral, até fechar a cartilagem do osso, o que acontece por volta dos 18 anos. Mas há variações em função, principalmente, do começo precoce ou tardio da puberdade. Depois que as cartilagens dos ossos longos se fecham, não há mais chances de crescer. Não adianta um adulto tomar o hormônio do crescimento. Nesse caso, além de não fazer crescer, ele pode estimular o aparecimento de tumores, e produzir a acromegalia, doença caracterizada pelo crescimento exagerado do nariz, queixo e orelhas.

 

Quando investigar déficit de crescimento?

 

– Baixa estatura ( desvio padrão em relação a curva de altura da normalidade menor que -2,0)

 

– Desaceleração de crescimento depois dos 2-3 anos de idade (queda do percentil, mudança do canal de crescimento para canais inferiores)

 

– Altura incompatível com canal familiar (desvio padrão da estatura alvo familiar < -1,5). Isso porque 90% das crianças ficam com sua altura final entre + 1,5 a – 1,5 Desvios padrões da sua estatura alvo pelo padrão familiar

 

O tratamento de problemas de crescimento é feito da seguinte forma: o endocrinologista, em primeiro lugar, atuará investigando as causas da doença através de vários exames de sangue e radiológicos. Caso esses exames apontem uma deficiência no crescimento, o endocrinologista tratará através da reposição do GH. Tomar hormônio ou qualquer substância, só com orientação médica.

 

Fonte: SBEM

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