Doenças da Glândula Supra-Renal

Aumento de peso, estrias avermelhadas, pelos excessivos, pressão alta ou baixa, puberdade precoce, além do escurecimento da pele podem significar problemas na glândula supra-renal

 

As glândulas supra-renais ou adrenal, como também são chamadas, são glândulas pequenas, componentes do sistema endócrino. Elas estão localizadas acima de cada rim e na parte mais anterior. Cada uma delas possui cerca de 5 cm de diâmetro, sendo dividida em duas partes principais: uma camada externa, conhecida como córtex, e uma parte central, chamada de medula.

 

A Adrenal é responsável por sintetizar hormônios importantes no processo metabólico, como a aldosterona e o cortisol, além de alguns hormônios sexuais como a testosterona, a adrenalina e a noradrenalina.

 

A adrenalina e a noradrenalina são hormônios importantes na ativação dos mecanismos de defesa do organismo, diante de condições de emergência, tais como emoções fortes, estresse, choque, entre outros. Eles preparam o organismo para a fuga ou luta. A adrenalina aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea em resposta ao estresse ou ansiedade. O fluxo sanguíneo para os músculos aumenta, a pele empalidece, as pupilas dos olhos dilatam e o fígado libera glicose no sangue. Estas alterações preparam o corpo para ação imediata.

 

Os vários hormônios produzidos pelo córtex – as corticosteronas – controlam o metabolismo do sódio e do potássio e o aproveitamento dos açúcares, lipídios, sais e águas, entre outras funções.

 

Entre as doenças associadas a distúrbios na produção de hormônios na glândula adrenal estão a Doença de Addison, a Síndrome de Cushing e o Feocromocitoma. O Câncer é raro, mas pode ocorrer. O tipo mais comum é o Carcinoma Adrenocortical (originado na camada cortical). Os cânceres da camada mais interna (medula) são chamados Feocromocitomas

 

A Doença de Addison, também conhecida como insuficiência adrenal crônica ou hipocortisolismo, é uma rara doença endocrinológica. Ela progride lentamente e os sintomas podem ser discretos ou ausentes até que ocorra uma situação de stress. Os sintomas mais comuns são: fadiga crônica, com piora progressiva; fraqueza muscular; perda de apetite; perda de peso; náusea e vômitos; diarréia; hipotensão (pressão baixa), que piora ao se levantar; áreas de hiperpigmentação (pele escurecida), conhecidas como melasma suprarrenal; irritabilidade; depressão; vontade de ingerir sal e alimentos salgados; e hipoglicemia (mais grave em crianças).

 

A Síndrome de Cushing é uma desordem endócrina causada por níveis elevados de cortisol no sangue. Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no pescoço. Ocorre, também, afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura e, consequentemente, fraqueza muscular, que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer.

 

Feocromocitomas são tumores, geralmente benignos, de células cromafins, formados por células produtoras de substâncias adrenégicas, como a adrenalina. Costumam se localizar nas glândulas adrenais ou suprarenais, mas podem ter outras localizações. Esse tipo de tumor raramente responde à quimioterapia ou radioterapia, necessitando de intervenção cirúrgica. Eles podem ser “silenciosos”, mas podem ter os mais variados graus de sintomas, sendo os mais intensos os das chamadas crises adrenérgicas. Neste caso, o portador apresenta crises súbitas de aceleração do coração, com grandes elevações de pressão arterial, dor de cabeça e sudorese.

 

Fonte: SBEM

Compartilhar Conteúdo