Perguntas Frequentes

O que é o diabetes?

O diabetes se caracteriza pela deficiência de produção e/ou de ação da insulina. O diabetes tipo 1 é resultante da destruição autoimune das células produtoras de insulina. O diagnóstico desse tipo de diabetes acontece, em geral, durante a infância e a adolescência, mas pode também ocorrer em outras faixas etárias.

Já no diabetes tipo 2, o pâncreas produz insulina, mas há incapacidade de absorção das células musculares e adiposas. Esse tipo de diabetes é mais comum em pessoas com mais de 40 anos, acima do peso, sedentárias, sem hábitos saudáveis de alimentação, mas também pode ocorrer em jovens.

Com que periodicidade uma pessoa saudável deve realizar a glicemia para identificar precocemente o diabetes?

A recomendação é de que todo indivíduo realize uma glicemia a partir dos 45 anos de idade. Se o resultado for normal, deverá repeti-lo à cada 3 anos. Se o indivíduo tiver sobrepeso (IMC>25kg/m2) e/ou outro fator de risco deve iniciar antes..

Existe alguma explicação da causa do Diabetes Tipo 1, além da hereditariedade?

Nos últimos anos vários estudos tem abordado a causa do Diabetes. Sabe-se que o Diabetes Tipo 1, além da causa hereditária tem um forte componente autoimune. Algumas tentativas de prevenção também já foram feitas, entretanto os resultados não foram bons.

Qual o tratamento do diabetes?

Tanto insulina, quanto medicação oral podem ser usadas para o tratamento do diabetes. A insulina é sempre usada no tratamento de pacientes com diabetes tipo 1, mas também pode ser usada em diabetes gestacional e diabetes tipo 2 (quando o pâncreas começa a não produzir mais insulina em quantidade suficiente). A medicação oral é usada no tratamento de diabetes tipo 2 e, dependendo do princípio ativo, tem o papel de diminuir a resistência à insulina ou de estimular o pâncreas a produzir mais desse hormônio.

Uma pessoa que toma insulina e está com o diabetes controlado, pode passar a tomar comprimidos?

Não é apenas o controle glicêmico que define o tipo de tratamento. É necessário uma avaliação mais completa, como o que levou ao uso de insulina (infecção/quadro agudo), a presença ou não de resistência insulínica, idade, dentre outros.
Em alguns casos é possível, sim, principalmente quando a causa para o uso de insulina foi uma descompensação aguda e não um esgotamento crônico da célula beta (célula do pâncreas que produz insulina). Mas é necessário avaliação bastante criteriosa, que deve ser realizada pelo endocrinologista.

Se o diabetes não for tratado adequadamente, o que pode acontecer?

Se o diabetes não for tratado de forma adequada, podem surgir complicações, como retinopatia (acometimento dos olhos – retina), nefropatia (acometimento dos rins), neuropatia (acometimento das fibras nervosas), pé diabético, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (derrame), entre outros. Se o paciente já estiver com diagnóstico de complicação crônica, há tratamentos específicos para ajudar a levar uma vida normal.

Quais são os sintomas de neuropatia diabética?

A pessoa com neuropatia tem sintomas como: formigamentos; perda da sensibilidade local; dores; queimação nos pés e nas pernas; sensação de agulhadas; dormência; além de fraqueza nas pernas. Tais sintomas podem piorar à noite, ao deitar. Normalmente a pessoa só se dá conta quando está num estágio avançado e quase sempre com uma ferida, ou uma infecção, o que torna o tratamento mais difícil devido aos problemas de circulação.

Quais são os cuidados necessários para quem tem pé diabético?

O paciente deve examinar os pés diariamente em um lugar bem iluminado. Quem não tiver condições de fazê-lo, precisa pedir a ajuda de alguém. Deve-se verificar a existência de frieiras; cortes; calos; rachaduras; feridas ou alterações de cor. Uma dica é usar um espelho para se ter uma visão completa. Nas consultas, deve-se pedir ao médico que examine os pés. O paciente deve avisar de imediato o médico sobre eventuais alterações.
É preciso manter os pés sempre limpos, e usar sempre água morna, e nunca quente, para evitar queimaduras. A toalha deve ser macia. É melhor não esfregar a pele. Mantenha a pele hidratada, mas sem passar creme entre os dedos ou ao redor das unhas.
Use meias sem costura. O tecido deve ser algodão ou lã. Evitar sintéticos, como nylon.
Antes de cortar as unhas, o paciente precisa lavá-las e secá-las bem. Para cortar, usar um alicate apropriado, ou uma tesoura de ponta arredondada. O corte deve ser quadrado, com as laterais levemente arredondadas, e sem tirar a cutícula. Recomenda-se evitar idas a manicures ou pedicures, dando preferência a um profissional treinado, o qual deve ser avisado do diabetes. O ideal é não cortar os calos, nem usar abrasivos. É melhor conversar com o médico sobre a possível causa do aparecimento dos calos.
É melhor que os pés estejam sempre protegidos. Inclusive na praia e na piscina.
Os calçados ideais são os fechados, macios, confortáveis e com solados rígidos, que ofereçam firmeza. Antes de adquiri-los, é
importante olhar com atenção para ver se há deformação. As mulheres devem dar preferência a saltos quadrados, que tenham, no máximo, 3 cm de altura. É melhor evitar sapatos apertados, duros, de plástico, de coro sintético, com ponta fina, saltos muito altos e sandálias que deixam os pés desprotegidos. Além disso, recomenda-se a não utilização de calçados novos, por mais de uma hora por dia, até que estejam macios.

O que é nefropatia diabética?

A nefropatia diabética é uma alteração nos vasos sanguíneos dos rins, que leva à perda de proteína por meio da urina. Nessa complicação, o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém, de forma progressiva, até a paralisação total. Contudo, esse quadro é controlável e existem exames para detectar o problema ainda no inicio. A doença não costuma apresentar sintomas. Muitos pacientes, no entanto, notam que a urina passa a ficar espumosa.É comum que na fase inicial ocorra o aumento da pressão arterial (hipertensão). Esta situação merece atenção especial, pois pode levar à insuficiência renal avançada.
Exames frequentes de urina devem ser realizados para detectar a microalbuminúria, que é o indicativo precoce de nefropatia diabética. A perda de proteínas na urina é fundamental para diagnosticar a doença renal do diabético.

O que é retinopatia diabética?

Retinopatia diabética é uma complicação que ocorre quando o excesso de glicose no sangue danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. Caso o paciente não busque tratamento, a visão pode ficar seriamente comprometida.
A retinopatia diabética pode surgir sem que o paciente note diferença em sua visão. Com o passar do tempo, porém, a visão passa a piorar, podendo até mesmo chegar à cegueira, caso não seja tratada.
Para evitar os problemas de visão, além de manter um bom controle dos níveis glicêmicos, todo paciente com diabetes tipo 1 ou 2 deve fazer o exame do fundo de olho pelo menos uma vez por ano.
Na gravidez, os cuidados com a visão devem ser redobrados. Para proteger a vista, as mulheres grávidas com diabetes precisam fazer pelo menos um exame do fundo de olho a cada trimestre gestacional.
A retinopatia não costuma apresentar sintomas. No entanto, quando ocorre hemorragia vítrea, o paciente pode ver alguns pontos de sangue ou manchas flutuantes na visão. Ao primeiro sinal de visão borrada, ou qualquer outra alteração, procure um oftalmologista.

O paciente diabético pode consumir vinho tinto? Qual a dose recomendada?

O vinho tinto não é contra-indicado para o diabético. Cada taça de vinho tem aproximadamente 130 kcal e 7g de glicose. Portanto, deve ser usado com moderação e seu valor calórico e glicídico devem ser incluídos no cálculo da dieta.
De modo geral, o consumo deve ser limitado a uma taça ao dia.

O paciente diabético pode consumir vinho tinto? Qual a dose recomendada?

O vinho tinto não é contra-indicado para o diabético. Cada taça de vinho tem aproximadamente 130 kcal e 7g de glicose. Portanto, deve ser usado com moderação e seu valor calórico e glicídico devem ser incluídos no cálculo da dieta.
De modo geral, o consumo deve ser limitado a uma taça ao dia.

Qual a dose segura de adoçantes?

A dose segura é orientada por IDA (ingestão diária aceitável)

* IDA – Ingestão Diária Aceitável em miligramas de edulcorante por quilograma de massa corpórea.

Qual a diferença de Diet e Light?

Diet: Alimentos para dietas diferenciadas ou opcionais, com restrição do nutriente que não se pode ingerir, ou Sem adição de açúcar, ou Para controle de peso Exs: Geléia diet: açúcar natural (frutose), sem adição de outros açúcares, Sal diet: restrição de sódio (ANVISA: máx. de 20% NaCl)
Light: Redução mínima de 25% de determinado nutriente (açúcar, gordura, sódio, etc.), ou Redução mínima de 25% de calorias Exs: Sal light: NaCl/KCl 50/50%, Margarina light: teor reduzido de gordura

Por que pacientes com hipoglicemia devem evitar o consumo de açúcar, já que hipoglicemia significa baixa de glicose no sangue?

Os pacientes que sofrem de hipoglicemia têm uma resposta exagerada do pâncreas após a ingestão de carboidratos, secretando mais insulina do que seria necessário. Ou seja, são hiperresponsivos. Por isso, estes pacientes devem evitar ingestão de açucares, para evitar a secreção exagerada de insulina. Estas pessoas não precisam se preocupar, pois o organismo é capaz de retirar a glicose que necessita de outras fontes.

Quais são os sintomas do hipotireoidismo?

Depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de colesterol no sangue estão entre os sintomas do hipotieroidismo.

Como é feito o tratamento do hipotireoidismo?

O tratamento do hipotireoidismo é feito com o uso diário de levotiroxina (nomes comerciais: Puran T4, Levoid, Syntroid), na quantidade prescrita pelo médico. E os comprimidos são em microgramas, variando de 25 a 200, e não em miligramas como a maioria dos medicamentos. Por isso, a levotiroxina não deve ser feita por manipulação, pois a chance de erro é grande.
Para reproduzir o funcionamento normal da tireoide, a levotiroxina deve ser tomada todos os dias, em jejum (no mínimo meia hora antes do café da manhã), para que a ingestão de alimentos não diminua a sua absorção pelo intestino.

O que causa o hipertireoidismo?

O desencadeamento do hipertireoidismo pode ocorrer devido ao excesso de iodo na alimentação, ao surgimento de nódulos na glândula, ao funcionamento mais acelerado da tireoide ou à ingestão dos hormônios da tireoide. A causa mais comum de hipertireoidismo é a Doença de Graves, que ocorre quando o sistema imunológico começa a produzir anticorpos que atacam a própria glândula tireoide.

Quais são os sintomas do hipertireoidismo?

Nervosismo, ansiedade e irritação, assim como mãos trêmulas e sudoreicas podem ocorrer em pessoas com hipertireoidismo. Pessoas com hipertireoidismo podem sofrer de perda de apetite, intolerância a temperaturas quentes, intestino solto, fraqueza nos músculos, queda de cabelo, perda de cálcio nos ossos, entre outros problemas. Pode ocorrer um aumento do volume da tireoide durante o hipertireoidismo.
Um dos sintomas mais frequentes da Doença de Graves ocorre nos olhos, que ficam parecendo maiores e mais saltados.

Tenho um nódulo na tireoide, e agora?

Se identificado o nódulo, o endocrinologista deve ser consultado para solicitar uma série de exames complementares para confirmar ou descartar a presença de câncer. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Mas isso não significa que sejam malignos. Apenas 5% são cancerosos.

O que é Síndrome de Cushing?

A Síndrome de Cushing é uma desordem endócrina causada por níveis elevados do hormonio cortisol no sangue. Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no pescoço. Ocorre, também, afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura e, consequentemente, fraqueza muscular, que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local. Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer.

O que é feocromocitoma?

Feocromocitomas são tumores, geralmente benignos, de células cromafins, formados por células produtoras de substâncias adrenégicas, como a adrenalina. Costumam se localizar nas glândulas adrenais ou suprarenais, mas podem ter outras localizações. Esse tipo de tumor raramente responde à quimioterapia ou radioterapia, necessitando de intervenção cirúrgica. Eles podem ser “silenciosos”, mas podem ter os mais variados graus de sintomas, sendo os mais intensos os das chamadas crises adrenérgicas. Neste caso, o portador apresenta crises súbitas de aceleração do coração, com grandes elevações de pressão arterial, dor de cabeça e sudorese.

O que é Doença de Addison?

A Doença de Addison, também conhecida como insuficiência adrenal crônica ou hipocortisolismo, é uma rara doença endocrinológica. Ela progride lentamente e os sintomas podem ser discretos ou ausentes até que ocorra uma situação de stress. Os sintomas mais comuns são: fadiga crônica, com piora progressiva; fraqueza muscular; perda de apetite; perda de peso; náusea e vômitos; diarréia; hipotensão (pressão baixa), que piora ao se levantar; áreas de hiperpigmentação (pele escurecida), conhecidas como melasma suprarrenal; irritabilidade; depressão; vontade de ingerir sal e alimentos salgados; e hipoglicemia (mais grave em crianças).

O que é a Osteoporose?

A osteoporose é uma doença que se caracteriza pela diminuição de massa óssea, com o desenvolvimento de ossos ocos, finos e de extrema sensibilidade, tornando-os mais sujeitos a fraturas. A osteoporose é uma doença silenciosa, isto é, raramente apresenta sintomas antes que aconteça sua consequência mais grave, isto é, uma fratura óssea. O ideal é que sejam feitos exames preventivos, para que ela seja diagnosticada a tempo de se evitar as fraturas.

Como podemos prevenir a Osteoporose?

A prevenção da osteoporose deve se iniciar na infância, através de uma alimentação saudável, com boa quantidade de alimentos ricos em cálcio (especialmente presente nos laticínios e, em menor quantidade, nas verduras escuras, no gergelim, no feijão branco e no tofu). Além disto, deve-se proporcionar para a criança e o adolescente a possibilidade de brincadeiras e atividades ao ar livre. Isto nao somente vai estimular o exercício físico que fortalece o esqueleto em crescimento, mas também possibilitar a exposição ao sol para que ocorra a produção Vitamina D na pele.
Entretanto, é importante salientar que, mesmo com todos estes cuidados, uma parte dos indivíduos vai ter osteoporose, pois a herança genética ainda não pode ser modificada. Mas a boa notícia é que existem tratamentos eficazes, caso você ja tenha a doença. Procure um endocrinologista, que poderá conduzir seu tratamento de maneira adequada e tranquila.
Fonte: SBEM